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Partes que compõem a documentação de APIs
Nesta seção do tutorial você vai conhecer:
as principais partes que compõem a documentação de uma API
quais informações cada parte precisa ter
para que serve e como é usada cada parte da documentação da API
Composição da documentação de APIs
Uma boa documentação de APIs é dividida em:
Documentação conceitual
Documentação de referência
Documentação conceitual
A documentação conceitual deve ser uma introdução completa sobre a aplicação. Esta seção precisa conter pelo menos as seguintes informações:
para que serve a API
a quem se destina a API (ou stakeholders)
o que a API pode fazer
links para a documentação de referência
Adicionalmente, a documentação conceitual pode conter as seguintes informações:
Casos de uso da API
Códigos de exemplo, escritos nas linguagens de programação mais comuns ou naquelas que fizerem mais sentido para a aplicação
O que a API não pode fazer (ou limitações que a API tem)
Problemas conhecidos ou previstos que podem ocorrer durante a implementação da API
Links para materiais complementares, tais como links externos, sites institucionais e tutoriais
Muitas vezes a documentação conceitual é negligenciada, mas ela tem o potencial de ser o fator decisivo na adoção da aplicação. Se uma pessoa não entende o que a API faz ou não tem certeza se atende ao que ela precisa, essa pessoa pode nem chegar a tentar usar a aplicação.
Documentação de referência
A documentação de referência contém os seguintes detalhes dos requests:
detalhes dos requests que a API pode fazer
como fazer cada request
quais dados são retornados pelos requests
É comum encontrar documentações de APIs que focam somente na parte de referência, mas a parte conceitual é tão importante quanto. Quanto mais complexa é a API, mais importante é a seção conceitual.
As pessoas que vão desenvolver a aplicação estão divididas em dois perfis: há pessoas que gostam de partir direto para a prática e há também as pessoas que querem entender a fundo tudo sobre a API antes de começar a desenvolvê-la.
Normalmente, as pessoas que gostam mais da prática acessam a documentação de referência antes de tudo. No entanto, essas pessoas podem perceber que a API é mais complexa do que esperavam, ou podem ter dúvidas sobre regras e conceitos que não ficam explícitos na documentação de referência. Nesse momento, é útil ter a documentação conceitual disponível para resolver essas dúvidas. Outra ideia que costuma funcionar para este público é criar uma seção de quick start (início rápido), com um resumo dos conceitos e passos essenciais para criar uma primeira versão básica — mas funcional — da aplicação.
Composição da documentação de referência
Normalmente, a documentação de referência é composta pelas seguintes partes:
Nome e descrição da API
URL base para fazer as requisições (requests)
Lista de paths, incluindo métodos e endpoints
Header (cabeçalho) da requsição
Body (corpo) da requisição
Responses (respostas)
Documentando cada parte da API
Nos próximos tópicos, este tutorial irá guiar você pela documentação de cada uma dessas partes. Faremos alguns exercícios práticos até chegarmos na documentação completa de uma API fictícia.
Requisitos e recomendações:
Os exercícios práticos usarão as terminologias técnicas de APIs com frequência. Se você não está familiarizado com elas, é recomendado ler o tópico de introdução a APIs antes de prosseguir.
Este tutorial apresentará trechos de documentação escritos em Markdown. Você pode replicar as etapas usando um editor como o Markdown Online Editor (Dillinger.io), mas você pode usar qualquer outra ferramenta de sua preferência e que interprete Markdown.
Este tutorial assume que você conhece Markdown e a sintaxe de escrita desta linguagem. O objetivo é mostrar como uma documentação de API pode ser organizada num arquivo escrito em Markdown. Não é o objetivo deste tópico ensinar a sintaxe do Markdown e nem como escrever usando essa notação.